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19 setembro, 2013

Certas coisas



Há certas coisas que não cabem em mim, o que há de errado? Quando não couber, externe-se, deixa liberar, voar, sentimento, palavra, desejo, atira-se mais estrondoso que tiro, mais certeiro que arco e flecha! 
Há algo aqui, bem como um objetivo sem propósito, rebeldia sem causa, pois o que tudo causou já passou, mas sem dúvidas, tem algo, dois lados de uma carta de baralho. E se for um coringa? Se essa carta virar certa, sempre em frente, irei. Mesmo sem propósito, tudo que for feito será de propósito.
E ainda assim, se não houver razão, faz de uma música seu hino, seu legado e tua passada, lembra da sensação e se envolve, lembra de quando se envolveu e o porque, daí então grita com todas as forças, bate no peito a palavra cantada, mas grita e bem alto, bem forte, assim como te escrevo essa carta, letra bem marcada no verso da folha, intensidade e dessa vez, nada comedida. Te digo tudo que queria tanto dizer e por acaso, sabe, você só tava tocando no meu aleatório.
Tinha tudo nas mãos e agora, não tem nada. Quem vacilou? Ninguém. E eu adoro o adeus, ele não permite esperanças e nem deixa raiz criar nesse teu lugar. De mentira não vale... De outro jeito não quero.
Mas é que falta tanta coisa e tá tudo completo de algum jeito, deixa eu divagar mesmo assim então, que seja de todo jeito, aqui eu disse certas horas, certos silêncios... Tão certos. Certas coisas que eu nunca disse.
Final do filme: carro, janela aberta e lencinho acenando pra fora. É de fato ''The End''.