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05 março, 2014

Seus olhos e olhares


Sabe... Eu gosto das coisas com data pra lembrar, fotos pra rever, vídeos pra assistir, das memórias assim bonitas pra guardar como se elas fossem tão únicas e cheias de suspiros. Vim também pra te contar que eu lembro da gente, não que nós sejamos um passado distante, mas é como se ficasse repetindo cenas na memória recente e depois indo pra parte do cérebro onde se guardam.
Olha, acho que você queria saber como eu percebi, não é? Era o jeito que você me olhava, seu olhares nunca negaram o quanto você me queria. Seus olhos e seus olhares, em minha direção, mostrando um riso, procurando algo a mais dentro dos meus tão pesados e que não mostram nada do que sentem.
Mas, agora algo parece mudar, algo dentro de mim parece precisar mais de você do que antes. Mais do que vi alguém precisar. E ainda assim, não posso fazer mais, porque isso é vazio e sem pretensões, assim é gostar de alguém. A realidade de um sentimento só é presente quando uma pessoa assume para si mesma o que sente, o que é a parte mais difícil do gostar, somos feitos de orgulho puro e assumir destruir essa fortaleza é como se um vendaval levasse tudo que foi construído em anos.
Não que um raio caia duas vezes no mesmo lugar, mas, meu bem, amores não correspondidos são a coisa mais provável a acontecer, a tendência pelo não é gigante. Assim, eu nunca soube sentir, administrar sentimentos nunca foi meu forte, por isso sempre preferi jogá-los fora.

Há algum jeito de mudar isso? Deixo a pergunta pelo simples fato de que não tenho respostas.