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21 setembro, 2011

Dos sonhos


Vamos e grite.
Grite comigo e com quiser, conteste e diga todas as palavras bem sujas e pesadas, e não se importe, briga mais ainda por não entender como deixou ir.
Não quero ter que começar tudo de novo, vi suas fotos de uma festa que se passou e tive nojo, de ter feito o que fez, de você ser quem é... E nojo de mim, por te sido e sentido tudo um dia, mas sabemos que o amor é como uma roupa da moda da antiga temporada, olhar e dizer ''Meu Deus, não creio que usei isso!''
Gostaria de te deixar sozinho, mas não posso te deixar ir.
Amo a minha distância de 2 horas e um pedágio, amo não conseguir mais te ligar, não conseguir da sinal e sumir... Afinal de contas, ausência faz sentir saudade.
Um brinde ao tudo novo.

Pensamento

E mesmo que seja só em pensamento, esteja aqui.
Você tem tanto de mim, tanto de si, tanto tanto tanto que canso de pensar, mas sua ausência me trás uma sensação de não querer mais, e de ao mesmo tempo implorar por você, como se caminhássemos lado a lado, com receio de pegar na mão um do outro.
Não quero esse receio, não quero mais nada.
Acho que a verdade no amor de quem te ama vai sempre superar tudo, por isso espero bem, como quem espera, ansiosamente, mas espera pelo trem parado na estação, pra que ele possa sair e viajar pra bem longe, quero você perto, mas adoro esse calor no coração que dá de imaginar você perto, meu medo de perder nas minhas expectativas me fazem dar um passo pra frente e dois pra trás.
Odeio a mesmice que trás consigo, fazendo meus textos parecem sempre iguais e sem graça e deixando minha inspiração partir assim sem dar satisfação, e quando volta nem tocar a campainha.
Se lembrou hoje, mas não que se lembre mais... E muito menos que diga que sente minha falta, me deixa curtir sua ausência e não dizer que também sinto saudades, quero poder não faltar com a verdade quando requisitada.
Não é mais amor, mas continua sendo um não sei o que tão bipolar que me entorpece.

18 setembro, 2011

Coração na mesa - O banquete


De certa forma, fico preocupada com a plenitude do coração de algumas pessoas, não ligo mais pro meu e quero sempre me manter assim.
Também não deveria me preocupar com os outros, mas quando são outros que gosto é diferente se torna real.
Cansei um pouco dessa teoria toda, e sei porque minha vidência falhou e não só minha e me sinto culpada do mesmo jeito. O problema do jeito é quando nem ele dá jeito nas coisas.
Um dia da semana tinha que ser bom, e tava tudo em sintonia. Até que eu recebo um telefonema, desmarcam meu compromisso que me levaria, indiretamente, até quem eu quero agora, e não sei se as coisas estão interligadas, de alguma forma que ainda não sei.
Não quero usar palavras clichês pra defender da dor, mas a verdade é, que se não teve tempo disso tudo agora, pode ter depois e tem ainda mil vidas pela frente, mais pessoas, mais destinos e mais corações na mesa.
Fiquei talvez, mais frustrada por querer ver a felicidade das pessoas do que nem ter a minha tão plena agora.
Posso falar? Torcia demais por unir algo agora, por equivalência de sentimentos, mas se não deu pra ser juntos, prefiro os dois felizes distantes.
E figuradamente distante, afinal, não acredito que iriam se afastar assim. No começo é complicado, mas sabe como é... Estamos todos no mesmo barco, e hora de remar de novo!
E aqui estou, só assistindo de longe.

12 setembro, 2011

Amante amável


Começo dizendo que esse é um texto que te coloco num pedestal, não acima de mim, pois sou absoluta das minhas ações, mas te coloco acima de todas as coisas criadas por Deus, pra que possa, não te chamar da coisa mais linda de todas, mas que possa chamar esse sentimento que aqui está de impetuoso, forte, duradouro, e acima de tudo, puro e íntegro.
Errada em te ignorar por tantas vezes, e de confudir pra quem vai esse texto, de pensar que era quando não foi pra ser e de que não devia dever sentimentos tão fortes pra alguém, erradamente, pois quando se ama é tanta coisa pra se entregar que pra mim, nada faltaria, só te ter todos os momentos.
E se eu te enganar mais uma vez? Dizer que essas palavras não são pra ninguém. Você acreditaria em mim? Fingiria acreditar pra que eu ficasse bem? Ou tentaria provar que é o contrário?
Não nego, que é algo pra que eu possa falar além das  palavras que sinto o tempo todo, por ser tão intensa.
Olho a lua gritando, as nuvens se movimentando e me dá vontade de voar. Sem destino ou com, pra mim, tanto faz tanto fez. Outro país, língua, costumes e queria querer certo, mas iria pra tentar pegar novos rumos.
O que não falta é coragem, corro da vida o tempo todo, não por medo de enfrentá-la, e sim com muito cuidado de não jogar sentimento e coração fora. Quero poder ter ligar de novo sem culpa e não consigo. Nunca mais conseguirei.
Quero agora, correr até você e me envolver no seu abraço tão com, o cheiro do seu perfume no seu moletom, me dizendo coisas que eu sempre amei ouvir e gritando foda-se pro resto do mundo. E esse não seria você.
Busco o cara ideal em todos os que conheço e vou recortando todos os pedaços que me agradam, palavras, histórias, olhares, sorrisos e até modo de digitar, jeito de sentir, ser amável, ver a chuva cair, jogar bola, respirar, andar, falar, ver a vida, o cabelo, cor dos olhos, pele, manias, gestos, maneiras e encontro em todos um pedaço a mais de cada um que já passou por essa vida.
E cada momento com cada um desses olhares me faz confundir tudo, e alguém pisa no quebra-cabeças montado no meio da sala, me fazendo ter que montar tudo novamente.
E voltando a falar de quem me ligou, mando beijos, grito saudades, e não sei se quero ver, gosto da sensação da saudade que me preenche e tenho medo de me frustrar ao te  ver outra vez. Nunca disse adeus, e amo por não ter deixado com que eu de fato me despedisse de você, dando um "adeus" definitivo, deixando reticências, vírgulas, dois pontos, travessão e qualquer outro sinal, ao invés do ponto final.
Amo por não me deixar sozinha mesmo quando de fato estava, me olhava de canto pra saber se estava bem, e se via lágrimas, me perguntava o motivo, pelo meu olhar sabia que não estava bem, nunca tanto quanto eu sobre você, mas o bastante. Uma pena aqui dentro, é que bastante nunca é o suficiente pra mim.
Hora de recomeçar a montar o quebra cabeças.  

11 setembro, 2011

Amor doente



Pensei como seria se fosse assim, se for dessa forma um dia e tudo e todas as maneiras e não me importaria.
Iria ler um texto qualquer falando de partidas e pensaria firme, em você e como estaria me vendo, de algum lugar mais alto e além da imaginação.
Como o que fazer quando quisesse um abraço com todas as forças e não estaria lá pra ter todo meu coração em mãos.
Seria sempre sua, como se sem você não fosse.
Um pedaço seu ficaria aqui, guardado sempre comigo, um pequeno sorriso lembraria em alguns traços o seu, mas ainda assim, seria tão único que eu não gostaria de ter mais nada com ninguém... Só seus pedaços e momentos em mim.
Você tem medo?
Não quero que tenha, leve consigo tudo de mim, que a dor da chegada seja menor que a da partida.
Quero ser de ferro, invencível e cheia de poderes, quero ler a mente e implorar por pessoas que ao meu redor, e quando se trata de você, desabo.
E de todos esses anos, é o primeiro texto que escrevo sobre você. A dor não havia me deixado tentar explicar como ela era.
Muito sem saber o que era essa marca, e de qualquer forma, foi o primeiro.
Primeira dor, amor, e de tudo um pouco.
Assim como doeu saber que você partiu e que deve estar me vendo, doí saber que preciso de um abraço seu e não o terei.
Sinto falta dos seus olhos sobre os meus. 

Como uma onda


Ver o mar por horas é melhor do que estar nele, assistir um espetáculo de fora é mais seguro e assim seguia, mantinha e tinha. Tudo conjugado no passado, ainda segue, não mantém e muito menos tem.
Pequenos pedaços de estrelas do mar fragmentados formam uma nova estrela, e agora é de noite, aos poucos essa estrela sobe aos céus e ganha um brilho imenso e estrondoroso, ganha e arranha, leva suspiros de quem assiste. Era sua estrela, mas ele nunca olhava para céu.
Faz um vento leve e ameaça chover, mas enquanto a chuva não vem, deita comigo na areia e diz que tá tudo bem.
Duas voltas sem rumo e voltas e voltas, amarra, sobe e desce e quer ir pro meio de aveninas famosas como num sonho, logo sai no meio da Av. Paulista, corre pra atravessar a rua e quando chega do outro lado vê que está no Central Park, sorri e ri por dentro, seu lenço azul voa com vento e a envolve.
Corre mais, pra sentir a liberdade além do que sua alma já tem e numa virada de esquina aparece na Time Square, o dia vira noite outra vez, uma premiere famosa, flashes e mais, limosines e dinheiro voando, será isso mesmo o que ela quer?
Nada poderia impedir, e corre além da velocidade que pode mais uma vez e chega em Tóquio, barulho e mais e mais, quer sair, e voa. Como num passe de mágica seu coração se acalenta e diz: "Bem vinda, agora sim, você está em Paris Mon'amour!!".
Uma foto na Torre Eifel, sorrisos, buquês, boina, restaurantes, croassant, moda, vermelho e um toque de perfumes fortes, chanel n5 no ar e mais um toque de Paris.
Linda, charmosa e toda particular, assim que gostaria de ser, dado seu valor imenso e incalculável com um gostinho de desamor.
Veloz, pisca os olhos e chega na amada Nova Iorque, os sons, carros, pontes, lagos e momentos pequenos, se volta pra pomposa Estátua da Liberdade, como se quem dissesse que trocaria de lugar com ela, e que veio junto do mesmo rumo, da França para os EUA, assim como a estátua foi presente dos respectivos países.
Outra foto, sorrisos... Próximo destino, Orlando, Disney, unico desejo é uma foto com suas orelhas da minnie. Não tem nada de "junk food" pra hoje!

09 setembro, 2011

Fora de si


Alguns momentos, como o de hoje e não só nesse dia, mas também que seja só agora e que também é bom, confusa como sempre e normal como todos os dias.
Acha a graça finge que não vê, acha que ninguém vai perceber, mas porque será que todos cantos lembram eu e você?
E sabem por saber. 
O sono devora, a fome tem culpa de aparecer, e quer sempre ser mais, vencer e dar mais de si para si, e esquece as vezes de dar um passo de cada vez, ou então, se apressa e estressada dá todos de uma vez só.
Sente que seus textos chegam no mesmo pedaço, mesma coisa, lixo em cima de lixo, histórias meio vazias ouvindo melôs tristes da moda e assim vai. 
Nova novidade que inova e no fundo não trás noventa por cento do novo. Pensa e mais uma vez levanta um drinque, joga a cabeça pra trás, tentando desfazer o nó da sua garganta, e ele não sai. E dá-lhe mais um copo ou outro, só pra disfarçar a falta que o oposto faz.
E logo, tarde da noite, encontra-se fora de si.



Erradamente



As luzes da cidade na meia luz da quase noite nunca me lembraram tanto você, tantos momentos em que ''do nada'' lembro, porque nunca é do nada e repentino, eu sempre lembro e dane-se. 
As músicas agem como se gritassem comigo, dizendo, pedindo ou até implorando por alguma atitude, ou algo que tire dessa falta de coragem, ou melhor, falta de vontade de se arriscar... Por que não adianta dar mil conselhos pros outros se arriscarem e seguirem em frente e ficar aqui, parada no mesmo lugar, somente vendo todos indo e vir, ouvir histórias e ajudar.
A única coisa que a fazer no momento é se afastar de quem não interessa e nem acrescenta absolutamente nada pra vida e nem leva pra frente, a ideia constante de estar perto me incomoda, e não quero mesmo ter que fingir amizades ou qualquer sentimento a toa por alguém que eu simplesmente não tenho simpatia alguma.
E tudo isso, porque de alguma forma eu continuo incomodada, com a falta que não faz mais falta mas que o pouco que faz ainda torna complicado só pensar em pensar sobre e eu fico sempre com redundâncias sobre o assunto, porque nunca quero falar de você e muito menos pensar. E no fim, falo.
Errando sempre em pensar que faria algo por mim, ou que só faria algo pra si mesmo e te salvar.
Corre mais além, porque no fim, nada mais e nem ninguém poderia te salvar.
Mas no fundo (bem lá no fundo) erramos, erradamente e erramos os erros certos.


05 setembro, 2011

Desenho certo, correndo riscos



Qualquer tipo de conversa de madrugada deixa a diretora desse filme com vontade de escrever mais e mais falas pra esses roteiros, ligar pra todos os atores e visionar suas cenas, e dessa vez não foi diferente. Pensou nos figurinos, falas e tudo que precisaria, ângulos e cenas e naturalidade.
O ator principal liga pra diretora e conta que está completamente apaixonado pela moçinha, e que adoraria ter algo além das telas com ela, afinal, não é de um romance de fachada, que as pessoas só assistem e julgam que se vive.
Ela sabe que quando se perder ele vai achar, pra guiar e ir até o fim e sabe que faria o mesmo por ele.
Tempo é curto e aproveita, faz ser útil e utilizado com alma e coração, porque além das mentes existem corações pulsantes.
A cena está armada, baseada em um filme, em vários, como casais famosos, clima vintage, lanchonete anos 80 e dois sorrisos tímidos sem saber o que fazer. É uma cena sem roteiro com um toque de "Seja o que Deus quiser".
Voa coração, voa!! Plano, rasteiro e salta, como um pássaro e se acalma devagar e logo dispara numa ''fórmula I'' do amor e mais, com um acidente de percurso, acidente, coração é cego.
Seja diferente, como ela diz... E fique com ela de novo, de novo e de novo.
Aplausos da platéia e manchete no jornal: "Novo trailer do filme da mais nova diretora de Hollywood foi um sucesso!" 
E seguem felizes, na espera do lançamento do filme, onde ninguém sabe o final ainda. O jogo está lançado, as cartas e os corações na mesa também.
Afinal de contas, você não pode impedir essa garota de se apaixonar mais e mais... Vocês podem parar o mundo.
Aprendam mais, que correr riscos é a última moda.

04 setembro, 2011

E deixo



Começa com uma música e digita essas palavras como se tocasse um piano, devagar e sem pressa. Assim, pra sempre.
Não que o vazio não me incomode, mas o que é cômodo sempre nos faz pensar que tudo tira o sossego e é assim. 
Não tem mais nada agora, nem erros, nem verdades, somente alguns fatos pequeninos que prevalecem gritando por dentro. E aquela maldita música. Que seja maldita mesmo!! Por que em todo santo momento e em qualquer lugar tem que tocar justo o que mais faz lembrar? Vontade de pegar todos os discos imagináveis e quebrar na parede.. Mas não adiantaria, memória vive e vive bem.
O bom é que ninguém sabe ao certo como é por dentro, como é aqui dentro de mim. Ainda permite sentir e não importa mais, sempre soube de tudo e vai continuar sabendo, e debochada até demais, sorri da própria história triste, feliz ainda por ter passado por algo que a faz lembrar, por ter algo pra contar e se tornar mais forte. Afinal de contas, a muralha está começando a desabar.
Uma ligação não conta mais nada, e não interessa também, noites e noites de sonhos diferentes e com o mesmo fim... Inconscientemente sabe mais, e não quer mais.
Se guia sem pensar, não quer mais correr riscos, e assiste a vida de todos, dá conselhos e algumas vezes não os segue. Deixa-os pra uma noite qualquer e com um cara qualquer, memórias de conhecer só deixariam mais pedaços... E quanto mais peças, mais difícil fica de montar o quebra cabeças. 
Algum toque de mistério e pensa: E se você morasse perto da minha casa? Você fugiria comigo a noite? Nós sairiamos escondidos dos seus pais e você ficaria preocupado caso alguém acordasse e não te visse na cama. Mas e se você morasse aqui? E se você estivesse comigo? Você acordando do meu lado. Só pra te ter mais perto.
E ri tranquila, sóbria do que faz e sonhadora... Ri deixando alguns sentimentos não bons irem embora e ri de verdade, porque deixa tudo. 
E deixo cada vez mais que sinta... Se sentir saudade, deixa ser, deixa, deixa e deixa mais.