Pages

27 outubro, 2013

Você não é o amor da minha vida‏




Olá estranho,
Estamos em algum lugar seguido de algum ano, qualquer, sabe, aleatoriamente eu encontrei você, numa mesa de bar, num sorriso quadrado perfeito ao meu olhar, atravessando a rua ou em outro lugar, o que importa é que nos vimos.
Sempre disse que não era das românticas, tão que nem acredito no amor. Quer dizer, não assim, nem desse jeito, mas o amor é passageiro, se encontra e se perde a todo momento, existe um dia e se desgasta, sabe... Ele vai embora e ele foi embora. O amor tem três pontinhos no final, é reticente,  quando julgado verdadeiro ele se faz grande e responsável pela sanidade, carecas de saber que o amor é esse que tira do chão.
Mas voltando a lhe dizer, estranho, eu não sei nem por onde andou, sei que daqui um tempo você estará chegando e não vai ser apenas visita, enquanto não vem, eu arrumo a casa, não para deixar boa impressão pois você saberá que eu sou uma bagunça, mas arrumar do lado de dentro, aquela poeira que não fiz.
Não sinto seu cheiro,  mas ao fechar os olhos, algo me garante tanto. Olha, nem sei se vamos acertar de primeira e marcar gol, mas e daí? Bateu na trave e podemos tentar de novo, não sei se você é meu número, mas sei de coisas que ninguém sabe, são segredos. Shhh!
E vou mais, você não é o amor da minha vida e nem sei poderá ser, mas já era fim de noite e quase fim de outubro. Sabe o que isso significa? Outubro já é quase natal e fim de ano me lembra que é menos um ano para estar mais perto do que já esteve. 

14 outubro, 2013

Encontros e despedidas




 Sim, esse é o nome da música. Encontros e despedidas. Aqui estou ao som de uma das minhas que considero cruciais, ouvi na abertura de uma novela que me marcou, importante, uma porque amo novelas e dois pela cantora. Mas não estou aqui pra falar de mim, pelo menos não diretamente.
O dia a dia é rápido demais, rotina é abrigo, caminho que se repete é conforto, mesma linha, um fio que se segue e que perde o foco com alterações no curso, assim como um rio e seus afluentes. Chega a ser deveras engraçado como não paramos pra olhar pra dentro, pra notar quem está de fora, entendo, temos dificuldade com sentimentos, mas mesmo sem notar, são eles - os sentimentos, que nos guiam em tudo.
Já parou pra pensar como pessoas são viajantes das nossas vidas? Em um dia estão conosco e no outro já não se sabe mais quem são ou pra onde foram, fica tudo preso na substância, quem essas pessoas representavam e o quanto isso significava, o quanto elas não serão as mesmas e o quanto esquecemos que também não somos os mesmos. Cá pra nós, que marasmo seria essa monotonia, mas às vezes eu queria poder pausar os momentos que me moldaram pra viver de novo, pra ter mais tempo com as pessoas. Sempre me engrandeci por dizer que não me importava, mas olha, eu grito se quiserem ouvir, eu me importo sim, mas eu nunca disse.
Esse é outro ponto, o quão importante dizer tudo que sentimos sempre, pelo menos as coisas boas, o amor é amor de todas as formas, mas um sentimento não tem tanta força quando não dito.
Todos os dias as pessoas vão e voltam, com ou sem planos, muitas vezes nem voltam. Destino, você acredita? Nem sei se é ele, mas às vezes não é possível quem a gente quer que fique na nossa vida ficar mais, porque já nos marcou e deu ensinamento suficiente.
Para os amigos que aqui já não estão mais, para a saudade que aqui vive em paz.