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20 dezembro, 2012

Contra o tempo


 Algo me dizia bem lá fundo que eu precisava correr, correr pra te encontrar, contra tudo e todos, meus atrasos, suas chegadas e partidas, precisava correr atrás de você. Não da maneira neutóritca, porque jamais seria assim, mas para mostrar que eu ainda estava lá e vencer meu orgulho todo. Porque você já havia batido na minha porta uma vez e eu nunca fui na sua, por orgulho de uma dama inabalável ou limitação própria.
Nunca havia escrito nem duas linhas pra você antes, porque não tinha entendido, mas algo me diz que ainda vamos nos entender tão bem daqui um tempo, somos jovens e eu aqui tão intensa falando sobre nossa imensidão, maior que mar, que vôos de avião ou um milhão de trios elétricos.
Decorando pedaços de um enorme ambiente,  eu mentiria se dissesse que você não está na minha mente, foi assim, corri por todo um lugar procurando, tentando achar e lá estava, pronto para mim. Do jeito que eu sempre quis e desejei. Íntegro, honrável, sorrindo, completo, amável.
Até minha maquiagem e meu vestido pareciam se fundir ao ambiente, tanto que corri para te achar, tanto que me perdi para me encontrar, pensando que você era tão inocente nessa história e nem vítimas temos. Atração fatal, mas nunca foi só atração.
Não se surpreenda se um dia a gente se encontrar no avião, numa briga de trânsito, no meio da rua ou no carnaval, não se espante se eu disser que me arrependi do quanto disperdiçamos tempo sem nos provar. 
Nuances de verde passavam pelas luzes, momentos pequenos e cheios de nós, precisava te falar, que tem tanta coisa que eu quero te dizer, tanta coisa que você precisa saber e nem soube, tanta... Tem tanto de mim querendo precisar de ti.
O que me intriga é o mal resolvido, é o inacabado, é o beijo não dado, voo não completado, você me intriga, me da vontade de mais, saber mais que suas fotos dizem, mais que seus amigos contam, sempre mais. Nunca é tarde para voar.    

14 dezembro, 2012

Em agradecimento



Agora é oficial. Acabou o ensino médio. E a gente sempre acha que precisa dizer alguma coisa, outras ficam guardadas pra nós, mas isso serve pra sempre lembrar. 
Ás vezes nós só precisamos dizer obrigado, nada como um agradecimento por uma porta aberta ou dar licença pra passar, é algo maior que pura educação dada em casa. Bem maior na verdade.
Aos poucos vou vendo um ciclo se encerrar, talvez não ciclo, mas uma fase, um período, afinal, um ano letivo acabava e logo vinha o outro, a próxima série, os medos sobre o que ouvíamos de matérias difíceis, as delícias de comprar os materiais novos, cheiro bom de caderno novinho, dó de gastar os adesivos, canetas perfumadas e coloridas. Eu, como amante de papelaria nunca gastei uma borracha até o fim, muito menos uma caneta, cada vez era uma predileta, que a ponta era mais fina ou minha letra saia mais redondinha, cada hora uma lapiseira (sempre achei que lápis engorda a letra), sempre tendi a usar o rosa nas partes coloridas. E uma confissão: nunca aguentei usar o mesmo estojo durante um ano inteiro. Será que vou ter tempo pra trocar a cor da caneta na faculdade?
Gosto de associar pessoas com músicas, sorrisos com momentos, pedaços de imagens com dejavús, e sempre fui toda cheia de imagens, minhas, de todos, de quem vi e do que vivi. Agora não vai ser diferente, vou carregar comigo tudo, por mais que tudo ainda pareça vago, e que eu não me sinta mais inteira. Agora vamos parar com esse drama.
Passamos para os agradecimentos, como em comercial de tevê, imaginem os anúncios completos e cheios de brilho. Muito obrigada para a matemática, por  achar que eu faria engenharia quando a matéria nunca foi muito minha amiga, aliás, meu maior desafio do ano, talvez de toda a vida e por tentar me ensinar. Obrigada para a física, por contar suas histórias na aula, até mesmo de suas obras, que por muitas vezes eram mais interessantes do que os módulos cheios de fórmulas, do seu humor e tudo. Obrigada biologia, pelas aulas que eu adorava, por ser enérgica, de vez em quando mal humorada, mas não adiantou, nunca consegui deixar de gostar de você como professora e pessoa, obrigada. Obrigada geografia, por ser muito amiga, escrever um blog, me achar uma menina maluquinha. Obrigada história, por sempre lembrar de mim quando via algo engraçado de algum quadro na televisão, ou um show, você é sensacional. Obrigada química, por ser engraçada, ensinar, que não é muito fácil também, por rezar comigo antes de fazer sua prova e nem assim adiantar, obrigada! Obrigada inglês, por tentar persistentemente dar aula na bagunça da sala, pelo verbo to be, past continuous e falso cognato. Obrigada educação física, pelo seu humor doido, suas aulas, papos, danças, por ser irreverente. Obrigada para a pisicologia, por ser sempre tão meiga, doce e paciente, eu não conseguiria, você tem talento. Obrigada literatura e técnica de redação, tão querido! Muito obrigada por tudo, pelo nosso tcc, minhas lágrimas, minhas risadas e suas aulas sempre tão emocionantes, o mesmo brilho e luz que emano pra você é o mesmo que vem pra mim, afinidade.
Acho que nós (alunos) ainda precisamos de todos os nossos mestres, pra lembrar que alguém nos ensinou algo, seja matéria, seja lição de vida ou a entender algo que não gostamos. Por isso devemos agradecer quem nos ensina, aumenta nossa bagagem emocional, faz com que a gente abra os olhos, mente e coração, pra se jogar na vida, de corpo e alma.
Um dia a maioria de nós irá se separar, sentiremos saudades de todas as conversas, das besteiras, dos sonhos que tivemos, dos tantos risos, de tanta gente que nós conhecemos e momentos que compartilhamos, saudades até mesmo dos momentos ruins... Cada um vai pro seu lado, seja pelo destino, ou por algum desentendimento, cada um segue a sua vida. Talvez continuaremos a nos encontrar, quem sabe e podemos nos telefonar e conversar algumas bobagens, os dias vão passar, meses, anos e até este contato tornar-se cada vez mais raro e vamos nos perder no tempo. Espero poder passar pra frente, pra vida, todos os ensinamentos que tivemos.
Que nós, amigos, sejamos bem vindos ao bungee jump da vida, pra ter coragem pra saltar em direção aos nossos sonhos e alcançar objetivos, traçar metas e cumpri-las, seja pra o que for, desde ir até o outro lado da rua ou o outro lado do mundo. Não vou desejar pra ninguém escolher a carreira certa na primeira vez, porque ás vezes a gente nem se descobriu ainda, desejo coragem pra mudar o rumo se for necessário, pra quebrar a cara. Desejo talento, sucesso, grandeza.


"Não tenha medo da grandeza, alguns nascem grandes, alguns alcançam a grandeza e alguns tem a grandeza imposta a eles... "

11 dezembro, 2012

Robótica


 Mulheres são fortes, muitos mais do que podemos imaginar ou tentar, disfarçam qualquer dor com sorrisos encantadores ou numa dançar cheia de nuances. Como um robô cheio de traços heroicos, isso! Ela se parece com uma super heroina, como a mulher maravilha.
A música disse, garotos são só garotos diante de uma mulher. Força e armadilhas, olhares, negações, charme, parece que tudo anda tão certo por aqui, bem resolvido por dentro e isso que importa, sempre foi assim. Brilho, ingrediente principal e se precisar, também não me importo. Aliás, quando houver necessidade, sentimentos parecerão atos de peças teatrais, nada clichê, só vendemos produtos originais e únicos.
E ainda sabe fingir que não sente nada quando for pra ser assim, educada com regras que um dia, se alguém conseguir quebrá-las, precisará de uma paixão muito devastadora. Mas calma, devota dos passos que é, aprendiz de si mesma, isso seria uma tarefa para poucos.
Guiada por outros sentidos, diferente e sabe que é assim. E homens, é feio se auto denominar fofo ou adimitir que o chamem assim, fofo é o cachorro, o bicho de pelúcia, mas homem não. Precisa ser carinhoso e carinho parece com adimiraçao e termina com intimidade.
Razão, robótica, fria e calculista, quando se trata de amor ela recusa a bandeja cheia. Em tempos de ouro, saia por aí com o coração na mão e nem ligava, pois se lhe dessem um mês, jamais esses homens saberiam que ficaram por um segundo no coraçao dela. Mas sabe, amor é muito mais da razão, idealizado e uma razão bem treinada te faz reinar.
Não se interessa à toa, mas é e sempre será, mulher de negócios, para não cair jamais, por fim, o contrato pode ser assinado agora que já sabe.

08 dezembro, 2012

Mapa do tempo


 Ao abrir uma página ao acaso, encontrar um texto e qualquer palavra pra pensar bem, pensar no meu bem, em você, meu bem. Quero me dar ao luxo de pensar e não me arrepender nem por um segundo, assim, quando olhar para aquele chinelo velho lembrando dos passos dados fica fácil de saber porque ainda não o joguei fora.
Retomar velhas ideias com ideais diferentes. Não há lugar para mais dúvidas, afogada na chuva dentro olhando para a chuva fora. Olhar para um livro antigo e ter certeza que lembra de sua história mas ainda assim, ler outra vez e mais e mais e mais. 
Guardar o telefone antigo, desligado, ainda esperando sua ligação da madrugada, você está apenas confundindo a minha mente mais uma vez. É difícil acreditar que você ainda lembra, quando finjo não lembrar. 
Vi um altar, mulher de branco e dois enormes sorrisos e eles não cabem a mim. Essa mulher jamais poderia ser eu, jamais! Afinal, ela vai contra tudo que eu penso, contra tudo que sou, faz qualquer coisa menos o que eu faria e é isso que o faz amá-la, essa falta toda de toques e retoques meus, tão originais e únicos. Ela é perfeita pra você.
Engordamos e emagrecemos no amor e em pensamento, não cabemos mais um no outro e é mais um sinal que estamos vivo. Mudanças. Talvez o único problema seja que quando erro volto o ponto que meu erro foi o estopim de tudo, pra tentar achar uma solução, mas não existem soluções para o que ficou pra trás, problemas tão velhos que ninguém mais lembra. Por pensar assim, fica fácil entender porque toda vez que uma nova história parece surgir minha experiência parece sumir.
Busco por coisas especiais dentro de mim, mas também me deixo não entender e chorar de vez em quando, porque até os herois tem o direito de sangrar.
 

29 novembro, 2012

Tempo parcelado



 Sentir-se assim é uma merda. Sinceramente estou morrendo de saudades de mim e de me apaixonar, me faltam opções, não como uma simples vitrina de sapatos, que posso até trocá-los se não gostar ou não me servir bem. Ouvir música de amor e não sentir absolutamente nada, não pensar em ninguém. Acho que estou temporariamente fora da área de cobertura, será que foi a chuva? Maldito sinal. Como posso estar tão vazia?
Entre arrependimentos pelo não feito e pensamentos soltos algo parece não progredir. Me faz questionar se há algo errado em mim, comigo, no meu cabelo ou minha forma de pensar, nos meus bloqueios ou liberdade demasiada. Quero iludir? Fui iludida? Onde foi parar quem eu era? Como tudo ficou assim? Parece que quando parei de amar meu brilho sumiu, caiu aos poucos como se as estrelas caíssem do céu, vazia e sem soluções. ''Ela era sua estrela e ele nem olhava para o céu''
Guardei restinhos de sentimentos para que um dia essas sensações voltassem, pendurei em corredores na minha mente quadros com fotos do ano, arquivei vídeos que nem ao menos foram gravados, como um flashback em preto e branco, mas nada é a mesma coisa, uma casa não fica em pé apenas com paredes, ela precisa de alicerces, estruturas, colunas, sustentação. Vejo todo mundo indo embora pra casa com seu prêmio final, seja ele de consolação ou não, todos se encontrando, me falta uma razão. 
Não existe mais em mim aquela vontade de gritar, agir loucamente, como se o mundo fosse completamente estúpido e eu a única esperta, de me vestir com todas as cores pois amava todas elas, de cantar qualquer coisa pois não ligava pra minha voz desafinada. Isso está me deixando velha.
Vejo pessoas pagando cara pelo que não podem, piscologicamente, sem pensar nos efeitos disso depois e financeiramente, elas não sabem que sua dívida no final será bem maior pagando parcelado, a dor e a conta do cartão. Vejo pessoas sonhando com o impossível, agindo sem pensar e ás vezes eu não quero ser assim, mas escutei que se seus sonhos não te assustam, eles não são grandes o bastante, acho que eu preciso voltar a ser assim, porque pelo menos elas se deixam voar.
O tempo voa. O tempo não volta. O meu tempo tem sido desperdiçado. 

26 novembro, 2012

Lado a lado



Esse blog tem sido muito meu amigo ultimamente, tenho usado-o muito como um diário, contando coisas pessoais demais pra quem quiser ler, mesmo que essas coisas fiquem misteriosas e maquiadas por metáforas que eu tanto amo. E então, dessa vez não poderia ser diferente, mas porque hoje é um dia muito especial.
Hoje é aniversário de uma das pessoas que eu mais deposito confiança e esperança, da qual eu morro de orgulho, admiro sua inteligência, maturidade e tudo que pode me ensinar por todos esses anos. Parabéns pra minha amiga, que merece toda a felicidade do mundo, mesmo que não caiba nela, porque de vez em quando nós ficamos tão felizes que parece nem ser possível sentir assim, que se precisar ela fique triste também, porque vou estar aqui por ela, de onde eu estiver. Que se faltar fé, que ela encontre, se precisar sentir que tem algo a mais esperando por ela no futuro saiba que sempre vai haver a chance de começar de novo. Sou orgulhosa por ela se virar sozinha e ao mesmo tempo ter muitos amigos por perto, cativar pessoas é um dom, ela faz isso muito bem. Outra coisa que adimiro, você é forte! Mesmo que nao sinta isso às vezes.
Acho que amizade é isso, não é? Não esperar nada em troca, sentir orgulho, adimiraçao e acreditar quando ninguém mais conseguir. É necessário força pra manter uma amizade, principalmente quando as visitas são poucas e a distância é muita. Por isso, perdemos um pouco do nosso brilho, mas sabe... Aqui dentro ainda posso sentir exatamente como era quando estávamos rindo, nosso brilho era maior que as constelaçoes e as estrelas de hollywood. Ainda posso lembrar de como era precisar desabafar toda hora por causa de um velho amor nao correspondido ou de um amor conturbado e de vários outros amores que vieram depois, de fofocar na minha velha janela, morrer de rir tentando aprender coreografias, se sentir a beyoncé ou a stéfani absoluta... Quanto contraste hahahhaha e quanta saudade, isso que faz os momentos se tornarem memoráveis, a simplicidade. De cantar, dançar em festas, falar de todo mundo, encontrar razões e rir no meio da rua.
Bons tempos, bons tempos e que parecem ter sido há uns dez anos atrás, deve ser porque a gente cresceu, ou melhor, amadureceu. E que bom poder viver esse momento com você, seus 18 anos, parabéns, não é fácil. Boa sorte na sua vida e de tudo que te carregue, que o destino esteja sempre ao seu favor. Espero poder viver essa fase com você, do fim de uma etapa, de ver você na minha formatura e eu na sua, não exatamente como deveria ser, mas tenho certeza que as coisas são sempre do jeito que era melhor pra ser. Obrigada por tudo!
Nunca se esqueça: eu por você e você por mim.

20 novembro, 2012

20 de novembro II

Passando pelo metrô, estações perdidas da rua leste, frio e cachecóis de um novembro frio, aqui estou. Atrasada, claro. Mas estou. Eu te disse.
Só seus olhos tiveram tanto efeito sobre mim. Como? Precisei tanto aproveitar você, beijar teus olhos, olhar tua boca, poesia, sinais, palavras e atitudes, som do seu mar no fundo do telefonemas, seus recado na caixa postal. E falando em postal, não te mandei nada, nenhum cartão sobre minhas viagens, contando de conquistas e nem te mandando feliz aniversário.
Semana passada vi um apartamento à venda, ele era exatamente como tínhamos planejado, minha geladeira vermelha, seu sofá preto de couro, nosso escritório, sacada com vista para o seu mar, mesa e cadeiras combinando para nosso domingos gastronômicos, mas com quartos separados, afinal, éramos apenas amigos. Ilusão do século XXI, amor de primo, qualquer coisa, romance passageiro ou paixão, mas só amigos não.
Somente em você encontraria a paz, o amor, paixão, verdade e entrega, me devastando por completo. Você nunca teve noção dos seus efeitos sobre mim, era como se eu te jogasse de um penhasco e logo corresse para te salvar.
Sempre dizem que sempre e nunca são palavras que não podem ser ditas, mas sempre vou me lembrar de tardes frias, beijos quentes e telefonemas de madrugas, brigas estúpidas e confissões, jogos e tudo. Doce novembro.
É como uma paixão por uma banda que acabou, eles nunca mais vão tocar juntos, mas o disco deles ainda toca em todos os lugares possíveis. Já pensou em pegar esse cd e jogar na parede? 
Talvez isso esteja aqui, só pra te dizer, que te quero muito, não pense que te quero mal, apenas não te quero mais. Bem livre, bem de braços abertos e apenas eu.  

13 novembro, 2012

Minas Gerais


Pra começar, preciso dizer, Minas Gerais, estou com saudade.
E saudade da esperança de te ver, mas sabe... Esperança é a mãe da merda. E que merda sentir sua falta, uma ausência ainda não explicada, entre nossos dias pouco contados sem vistas porém com visitas. Você fala demais, sem tempero, sem graça, sem cor e sem cheiro e ainda assim eu queria saber mais.
Mais uma vez a história se repete: amarrado. Odeio isso, sem mais. Acho que gosto do seu sorriso branco, talvez das suas sobrancelhas grossas e tão pretas, do seu nariz certinho (ah, o nariz!). 
Nariz é um capítulo a parte, não há coisa que dê pra reparar mais no rosto de uma pessoa do que o nariz, ele que fica responsável pela harmonia do rosto, narizes isolados são tão feios, assim como os pés, mas combinados ao rosto, desenho dos olhos, contornados como se tivessem sido antes rascunhados pra depois se moldassem. E eu adoro seu nariz. E ultimamente não tenho gostado do nariz de ninguém, porque nariz é tudo, é cheiro, é passear pelo corpo de alguém, é um dos sentidos mais aguçados, cheiro que deixa mal, que dá vontade, que revela, que dá saudade, que dá nojo, tem cheiro pra tudo. 
Amarrado e longe. Amarrado e falando demais. Amarrado e uma graça. Amarrado e sem graça. Amarrado e quase santo. Amarrado e talvez não fosse tão santo assim. E assim eu esperava. Aliás, amarrado era o que mais me vinha na cabeça, afinal, se eu namorasse um cara que fica de conversinhas com outra mulher ele seria o primeiro a levar um belo tapa na cara novelístico e depois um delicioso pé na bunda. Mas ela é de longe, ela não é nem daqui e um imenso blá blá, conversa, porque homem joga conversa e isso ninguém nega. 
Minha avó sempre dizia... Homem faz da mulher igual macarrão, enrola enrola enrola e depois come. Tá bem machista isso aqui, talvez eu seja uma feminista conservadora, principalmente porque não há sentido queimar os sutiãs por aí, afinal são os nossos melhores amigos do peito, moral lá em cima e porque de fato há coisas de pensamentos quadrados que são absurdas, como violência bruta e estúpida, se achar melhor apenas por ser homem e mijar em pé, colocar mulher pra esquentar barriga no fogão e coisas do tipo. Mas você sabe que eu posso usar alguém, posso iludir alguém como posso ser iludida, posso fazer propostas indecentes que ainda vou ser eu mesma e isso não vai trazer ninguém de volta ou fazer alguém surgir e ficar pra sempre, até porque eu não se vou gostar desse pra sempre. 
E não tem coisa mais legal que encontrar novas perspectivas de ver a vida, talvez eu esteja ficando enjoada da minha, porque essa espécie de agonia com preguiça tá deixando tudo meio estagnado e isso não tá com nada.

28 outubro, 2012

Primeiras impressões




 Quem são as pessoas que conhecemos anos atrás e hoje elas são pedaços de nós? Quem serão as próximas a seguir o mesmo caminho? Lá no fundo eu sei o que senti quando vi cada um pela primeira vez e poderia dizer milhões de vezes que amo essas primeiras impressões, um olhar diferente, um sorriso marcado, histórias sendo contadas no ar, um desgosto, uma cara feia ou falta de interesse.
Não me culpe, estou morrendo de vontade de tudo novo (de novo), descobrir, não quero que esse sentimento vá embora, precisando disso, da cor clara que a novidade tem, quase branca e que depois começa a ter cheiro, cor e ás vezes até endereço. De olhos bem abertos pude perceber o quanto estão mudando, de longe posso ver as pessoas com suas malas imaginárias e cartazes de adeus, pra alguns o fardo da saudade é uma cruz mais pesada pra se carregar, tem também os que não ligam, os que se importam e tentam parecer indiferentes, orgulhosos que são, e tem os que se alagam de coisas boas pra mostrar e contar. Confesso, tem peças soltas que não vão mudar nada e nem em nada, são como quadros com expressões marcantes, de alguma maneira, sempre estarão ali, mostrando que vieram pra alguma coisa que não descobriram ainda.
Mergulhar em queda livre, é preciso coragem até para ser quem você não é. Liberdade também tem seus limites e amor de compaixão não é amor. Existirão pelo caminho várias falsas esperanças, casas que não são de concreto e pessoas que não serão de verdade, você pode se enganar, mas nunca se esqueça que há dentro de si mesmo um pouquinho de cada pessoa que te ensinou uma lição. Elas te guiarão por toda a vida e quando somadas as novas, serão como um mantra, pra sempre te lembrar quem você é.
Admiro pessoas intensas, sensíveis e que são originais, de vez em quando penso que gostaria de ser como elas, mas sabe... Isso só pode ser um desperdício de quem sou. Está chegando o fim de uma fase, talvez de uma era, ou apenas um relacionamento, mas quero acabar bem, com tudo, comigo mesma, de corpo, alma e coração. O fim me apavora mas me motiva, pode não ser fácil, mas eu brilho.
Espero parar em todas as ruas, registrar momentos, marcar na vida de pessoas, esquecer, ser esquecida, lembrar, ser lembrada, amar, procurar, viver ao invés de sobreviver, entender, perdoar, ajudar. Espero que minhas primeiras impressões sejam fiéis ao meu sexto sentindo, ou se não, que me surpreendam. Supreenda-me. Surpreenda-se.

16 outubro, 2012

Ele disse, ela disse





Ele diz tantas coisas que fica difícil de lembrar, pensa que engana, mas não sabia que ela tinha olhos nas costas e seu cabelo gigante funciona como um radar, quase uma medusa sem ser da mitologia.
Ela disse que ele fez tantas coisas, mas poderia ter feito mais, ido além, ela é assim. O pouco dele foi um mais ou menos com gosto de quero mais. Quem preveria essa carência emocional? Goles de carinho do copo dele não foram o bastante. 
Acho que hoje ela pediu o texto que desabafasse e falasse por si, por ela. Essa mania, falta de crer em si, em beleza, potencial e capacidade torna tudo mais interessante. Ele não disse que estava preso no passado, mas sempre da pra suspeitar dos pássaros livres demais e pra que isso se confirmasse foi preciso um piscar de olhos e duas páginas viradas.

Qual o problema dos homens? Acho que são poucos pra mulheres em quantidade bem maior. 
Ela tá aqui pensando no que muda e no que permanece, e aceita como um clichê que acontecimentos de algum lugar permanecem por lá. Ela disse quem é, falou bastante sobre si, contou até onde iria chegar, sua força era notável inclusive ao caminhar vagarosamente, jogando um olhar de desprezo e cabelos ao vento. O que posso fazer? Ela sempre soube agir como quem não quer nada. 
Logo faz 3 anos que aprendeu a se moldar com cada situaçao e o que vier pela frente, pode ter se deixado sentir, mas foi como uma música velha que ela não ouve mais diz, só por uma noite. Não há lugar que ela não possa ir, de fato, não há. Pensar nunca foi tão lógico, sentir nunca foi tão normal, ao menos pra ela. 

Se comparar, ela não te compra, quem te conhece que te compre, outra reflexão a atravessa, pense mais, quer o encaixe do que já se perdeu, fazendo filmes de momentos pequenos e lembranças grandes de momentos curtos. 
Vem como uma onda, parece leve, suave e sorri, faz isso e depois te derruba. Ela queria ter te levado pra casa. Ou talvez pra algum lugar sem direção. Falsos apaixonados. O olhar dele não tinha profundidade, talvez as palavras também não tivessem, muito provavelmente que ela também não tivesse visto nele seus padrões, tipo preferido, ela deu uma chance para uma novidade mas ao mesmo tempo parou aqui no final de julho e ainda não o encontrou outra vez. Sabe, acho corajoso quem se presta a esperar uma vida toda por alguém, realmente, precisa te faltar amor próprio pra gastar sua vida dando pra outra pessoa o tempo dela, pra um alguém que já fez suas malas e partiu.
Afinal, será que quem ele era o fez ser de verdade? Ou suas impressões te camuflaram? Talvez ele seja apenas medroso ou imaturo, ou os dois. 
Bem que ela sabia dos limites e não há de caber frustração aqui. Ele tem muito a aprender. 
Metáforas não vão mudar, nem histórias, nem nada. Encerra-se aqui e ela ainda está na procura.

13 outubro, 2012

Fotografias




Vamos então guardar uma foto feia apenas como lembrança, porque foto é isso, congelar momentos para torná-los nossos para sempre. Então faz assim, não deixa aquela foto velha pegar pó ou sumir no armário, guarda com o maior carinho e se rasgar, cola de novo, porque a gente precisa estar sempre junto.
Da seu jeito ou faz do meu, coloca uma data atrás daquela fotografia, que ela é especial e não deixa que esse mundo digital seja responsável por acabar com aquela que a gente pega na mão, gruda no peito e sorri de relembrar um momento. 
Eu li atrás daquele papel que deixei na sua casa, ''cola no meu corpo igual tatuagem'' e colou. Sou feliz por saber que a música da rádio que tá tocando agora foi você que escreveu pensando em mim. Guarda as velhas no papel e o momento dela sendo tirada na memória, respira ofegante de lembrar daquela em preto e branco, que tem mais cara de lembrança ainda. 
Guardei fotos e as perdi, mas sei o que me difere e o que ainda fere por dentro. Penso no rumo de tudo, que todos tomaram e que ainda vão tomar, porque saudade é quando a gente sabe que vai matar depois, agora sentir falta é um vazio que não vai se preencher. 
Nunca vou entender o que ele sente, na calada da madrugada quando fica ouvindo músicas do seu passado, mas sei que imagens chegam na sua mente pra dizer que não passou, são fotografias, reveladas na memória, guardando sentimentos que jamais serão revelados. Eu só desejo que eles tenham o final que mereçam. 
Por tudo que já passou, tudo que vivo e tudo que virá.
Há ventos que nos trazem pessoas, no reflexo do tempo em meio á distância, perpetuam-se no pensamento. São fotografias das quais a saudade terá sempre os negativos revelados na memória. Há pessoas que nos trazem ventos no reverso do tempo preso à substância, revelando sentimentos. São maravilhas das quais a sinceridade terá sempre os negativos revelados na história.

21 julho, 2012

Quem vai caber no seu porta retrato?





A gente aprendeu assim, a ignorar o que sentimos, passar por cima dos medos, mas havia sempre um fantasma que te perturbava, ficava alí do lado da sua cabeçeira. Percebi pela marca de poeira que havia um porta retrato lá, provavelmente você só tirou porque eu estava chegando e tinha medo que eu desistisse do que estava afim de fazer. Ao menos, você me conhece, eu iria embora. 
Não entendi ainda porque fiquei tanto tempo pensando nos seus motivos e não nos meus de partir mais cedo, não era sua mãe que estava naquela foto, amor de mãe é incondicional. Era um amor mais ardente, mais forte e descontrolado. Descontrole te define.
Queria ver aquela foto. Será que ela é mais bonita do que eu? Ou sou apenas um meio de distração para seu ego inflamado? Será que os olhos dela são tão claros que quase dá pra ver a alma transbordando? O que será que os meus tão avelãs tem de errado? Me questiono mais que o normal. O tempo passou em 3 dias o que não voava em 3 horas.  
A questão é: você me prendeu. Eu alí, te vendo dormir e pensando, te olhando na cozinha e imaginando as intermináveis comemorações prazerosas regadas de morango, chantily e sedução, te vendo caminhar pela sala e vendo você discutindo com ela. Era tudo ela. Aquele fantasma estava perturbando mais a mim. Por culpa da minha mania de reparar até pra lado você torce o nariz quando um cheiro lhe incomoda. 
Seu gosto já havia me empanturrado, seu cheiro me enjoado e era de tanto pensar que eu não era prioridade e você realmente parecia não entender meus motivos. Apenas fui ensinada pra isso, desconfio da bala do estranho na rua, da carona no meio da estrada, do copo de bebida na balada, porque não desconfiaria de você?  
E sabe, fiz questão de deixar a marca da poeira no criado mudo, mas meus olhos só viam aquilo. Resolvi limpar, no meio na noite, e você acordou me olhando de uma maneira tão serena que me deixou no chão. 
Que horas são? O que você tá fazendo? Deixa que eu limpo. Foi o que você disse. Eu apenas respondi que nunca ia dar pra limpar e caí em lágrimas, fiquei quase louca, quase cega. Seus braços quentes foram ao encontro do meu corpo desprotegido, queria saber o que era aquilo e o que eu tinha, precisava falar.  
Foi quando você, sem dizer nada, abriu a gaveta e colocou o porta retrato de volta no lugar, eu me recusava a sair do seu peitoral e abrir os olhos, precisava saber. 
Para minha surpresa, estava em branco. Sim, em branco, sem foto alguma, sem ninguém, e eu não entendia. Ainda bem que você foi rápido em explicar, me fazendo nunca mais voltar.
"Deixei em branco porque prometi que só colocaria uma foto de alguém que merecesse estar do meu lado, sendo única. Esse alguém é você." 

14 julho, 2012

Eu mudei e mudando não sou mais sua




Mudei porque foi algo natural, mudei pra alguém que seria ideal pra esse antigo você, sou mais humana, mais família e ligo mais para o que os outros pensam porque no fundo isso é o que vou pensar de mim. 
Aos poucos novos espelhos me mostraram um nova forma de ser que me deixa mais leve, mais independente e um pouco frágil, beleza tem a ver com delicadeza. 
Nao mudei no meu jeito de acordar bem cedo, tomar meu banho e passar meu rímel, porque rímel nunca é demais. Mas poucas opnioes mantive, não lembro de ser tão rebelde, a gente cresce e é fase. E algumas coisas nunca mudam, minha maneira teimosa de desacreditar ou meu jeito de olhar pro céu de com a noite caindo imaginando onde as pessoas estão, bom, essa noite eu sei onde todo mundo está. 
Minha saudade tão eterna se desfez em boa parte, aprendi também que um coração que se quebra demora muito tempo pra se reerguer, mas temos que aceitar nosso próprio tempo, dançar conforme a dança se não piora. Descobri que a confiança e a felicidade estão nas menores coisas e nas que mais devemos nos importar. Também soube que se a gente só olhar pra si mesmo não vai pra frente, tem gente bem pior e gente melhor, o mundo é um todo, mas depende dos conjuntos pequenos pra funcionar bem. 
Respeito meus limites, fundamentei meus princípios, me tornei mulher em atos e palavras, mas também me torno menina com uns copos de bebida. Posso ser bailarina e dançar até que meus pés não sintam mais o chão, posso correr cantarolando minhas músicas favoritas porque isso é vida e viver nunca é demais. 
Todo mundo erra uma ou duas vezes, mas é dor de cabeça suficiente pra não repeti-lo por mais vezes, todos se conhecem de algum jeito, mas só posso saber quem você é de fato se me deixar provar de você, ouvir suas histórias, saber por onde andou. Aprendi a sustentar uma leveza maior, me importar mais comigo em todos os cuidados físicos e psicologicos, e muito nos intelectuais, princípios a gente nunca vai aprender na escola numa aula de matemática, a aprende olhando e tendo tato suficiente pra pegar pra você e usar
Acho que a gente se realiza aos poucos com o que vem de pequeno, preciso de mais paciência e menos preguiça, queria encontrar coisas que ainda não achei, buscas incessantes que todos tem, generalizando desejos internos para que nada seja notado, gosto do segredo pra fazer dar certo, mas ainda acredito no não charme das mulheres misteriosas.
Ao ouvir uma música com atenção e esquecer do relógio quando a inspiração chega e quer ficar, quando essa música trás uma sensação deliciosa, daquelas dançantes sem ritmos eletrônicos, gosto do calor de salvador e da batida do samba. Gosto do calor. 
A gente sempre é tantas coisas na vida né? Então vamos continuar assim, indo sempre em frente porque é assim que se faz. E eu mudei, e mudando eu não sou mais sua.

05 julho, 2012

Para alguém de lugar nenhum



Preciso ser sincera, alguém de lugar nenhum, ontem ouvi uma voz cantando tudo, tudo sobre nós. Acho que sempre vai haver essa voz.
Ta ouvindo a melodia? Eu atravessei a rua agora e tô sentindo, olha que mundo louco, me fez te ver durante o caminho e agora eu quero ver outra vez. E cadê seu carro que não passa? Onde que tá?
Vocês estão pensando errado, é carro de carona, amor de segunda feira, um daqueles bem vagabundos que servem pra remediar uma falta e que fazem bem. E eu vou contando as horas, embalando os relógios, carregando os segundos, não sei o quanto sou capaz de esperar, por isso não demore. Prometo que vou sair todos os dias pra te procurar, mas não some. Eu já ouvi seus passos.
Ok, eu me rendo. Já aceitei isso faz algum tempo e sei que se eu quiser vou ter de lutar por alguém que pode ter o coração de todas. O caminho é um só e sabemos qual é, respeitando as leis da vida e não negue mas disfarce se for necessário, na verdade, a descrição acaba sendo algo essencial na nossa relação, por isso senhoras de qualquer lugar, atenção (muita atenção) porque eu posso estar roubando seu amado amante para ser meu e prendendo-o no meu coração. Poucos realmente me conhecem ou sabem meu nome e nem ligo, faço o que quero.
E agora, querido alguém de lugar nenhum, não me dispense nem em pensamento se meu coração eu te oferecer, mesmo que acredito que nunca faça isso, mas me ame de qualquer jeito. Sinta-me sinta tão intensamente quanto eu sou e penso, me entenda com meio olhar mas me complete com palavras inteiras, saiba ser quem eu preciso mesmo quando eu disser que tenho certeza que você não é certo pra mim. Faça-me acreditar que é.Quero que me cegue, não me deixe ver o mundo nunca mais, me envolva como se nada mais pudesse mudar.
Não vou amar seu dinheiro, não vou amar seu carro ou seu jeans ultima estação, na verdade eu gosto do jeans bem velhinho e rasgado fazendo contorno fiel ao seu corpo, gosto do seu tênis de guerra e sujo de lama, do seu jeito crítico e acolhedor. Único. Gosto quando você aparece de repente ou joga um beijo de longe, gosto dos seus encantos que me prendem, da sua tatuagem na perna e sua barba por fazer.
E por vez ou outra tenho saudade quando você some, mas a gente combinou que ia ser assim, vamos sumindo e nos vendo aos poucos pra ninguém desconfiar, vamos fingindo que não queremos nada e nos enganando, vamos só por ir. Mas por essa vez, não tô afim de ir devagar, meu amor é pressa.

17 junho, 2012

Tempo e mente, eternamente






Que louco o tempo é, que te fez maduro pra mostrar que não te deixaram de lado, com um jeito totalmente diferente do de quem me fez amar. Que louco o tempo é, que me fez mulher, pra mostrar que não posso me deixar de lado, com um jeito totalmente diferente do que que te fez me encontrar.
Do tempo também, que agora nos afasta e nem se importa, responsável por te colocar na estrada certa e com destino natural da vida, se tornando quem sempre teve que ser, e apenas demorou pra achar. Tão maduro o tempo é, e que me fará aproveitar minha juventude e seguir em frente sem medo do destino e do que reservam pra mim.
Do tempo também, o pensamento, que sempre me permita um dia frio, um bom lugar pra ler um livro e deixe o pensamento outra vez, lá em você... Mas dessa vez só pegando gosto pelo amargo do café enquanto penso que meus dentes não ficarão mais tão brancos pra sorrir do riso da vida. E dessa também, puxo mais uma vez, uma memória boa, por saber que não ouço mais sua voz e que ela não me parece tão distante assim, porque posso saber seus pensamentos mesmo onde não há mais linhas telefônicas ou contatos reais.
Essa mania que todos tem de não querer perder é que não deixa encontrar tudo o que vem pela frente, e agora, me tornei daquelas que não consigo esconder o que sinto, sei guardar pra falar na hora certa, mas meu coração só se deixa invadir de boas memórias e excelentes novas aventuras. Me mande pra bem longe? Talvez outro estado ou outro país, só me deixe viver, porque eu já me libertei há muito tempo das asas que você me deu.
A vida continua, sempre continuou, o tempo vai ser sempre o mesmo, nunca nos permitindo voltar, ações que temos agora tendem a refletir num futuro distante nos tornando quem somos, fiéis a nossa realidade e infiéis aos nossos antigos princípios.

''Eternamente. É ter na mente, eternamente. E ter na mente, eterno. E torno a voltar, virar. Então virou eterno.''



13 junho, 2012

Quando não cabe explicações



"Explica. Porque? Eu te amo.. Não é lógico você me amar."

Bem que você me disse que sabia que andei provocando-o, e nada mais lógico. Sou uma mulher e provocar é o que fazemos melhor.
Quando suas três palavras escaparam da boca naquele dia vazio no seu escritório cheio eu não soube como agir, confesso. Sou uma dama de ferro. Mas estou aqui falando tudo isso agora, não é? Acho que deveria repensar. Somos tão repentinos, surgimos tão de repente, e não podemos simplesmente acabar tão errada-mente. 
Em minha concepção éramos apenas amantes, daqueles de filmes velhos em preto e branco, com o toque da seda pura na pele, o sorriso bem branquinho e o batom bem vermelho. Com o olhar evidenciado pelos traços da maquiagem expressiva e pelos seus jeitos bem na cara, éramos só isso. Talvez não só, porque o fogo era enorme. Mas ainda era apenas fogo. Eu apenas não soube lidar.
Vamos direto ao ponto? Não é lógico você me amar. Você pode ter coisas melhores em suas mãos, pessoas melhores, sou inconstante, talvez até bipolar. Sou errada, errante. Não sou perfeita, tampouco maravilhosa. Não me sinto encantadora e nem tenho um sorriso tão cativante quanto o daquela mulher que sempre que nos via ficava te olhando como se fosse o último pedaço de carne do açougue. Mas ela sim, te amava. 
Eu só aprendi tudo isso agora. Não tenho as graças dela e nem seu cabelo tão louro e macio, só tenho a mim e minhas convicções, e tinha a ti. Talvez agora nem tenha mais. O que é mesmo ter uma pessoa para si? Nunca vou entender essas conversações e constatações amorosas que assumem compassos maiores do que podem e dão passos bem mais largos do que alcançam. Talvez me falte loucura pra voar com alguém. Minha coragem de ir longe sozinha está grande demais.
Por isso, te escrevo. Não peço desculpas, somos aprendizes do erro. Mas te quero que me compreenda, passei a vida toda tentando achar explicações para definir sentimentos e não soube lidar com os meus.
Andei sentindo sua falta. Muito. Talvez mais do que eu possa imaginar e muito que você até deve ter sentido meus sonhos indo em direção aos seus. Agora, se você me entendeu, gostaria que me segurasse pra nunca mais soltar. Você tem esse cheiro bom, essa vontade de tirar toda a paciência pra ir junto com as roupas lá pro chão, você tem tudo exclusivo. Do teu jeito ao seu sorriso. 
Você tem cheiro de roupa limpinha com mente suja e eu quero te rasgar 
inteiro. Mas apenas te dou um beijinho no rosto. Preciso me comportar.

12 junho, 2012

Para se lembrar



Quero aproveitar cada quilômetro pra usar os números em maneira grandiosa de encurtar as distâncias e fazer uma ponte que chegue sem escalas até você. Estou sufocando. Como pude não saber que me caberia amar tanto depois desse tempo todo congelando o coração? 
A gente tem mesmo esse gosto de fruta tirada direto do pé e esse cheiro de roupa lavada. Ora, vamos, me dá mais um pouco de você? Abre a janela da tua alma e deixa a mão dela tocar na minha. Só deixa. Amor é se permitir.
Não me prometa nada, pega seu carro e vem me ver como quem não quer nada. E nada no meu oceano. 
Porque na verdade, a gente espera. Espera do tempo passar, pro tempo também fazer ficar, tanto que te venero, meu tempo tempo meu, porque não há nada mais certo do que que ele passe e de que temos que aproveitar. Do amor que também faz um calor, mas quando chove a fúria do vulcão se torna fraca.
Não faz sentido trocar a rosa mais bela pela mais murcha, assim como não faz sentido trocar ser feliz por sofrer, trocar certezas por dúvidas, não faça erros de graça. Tempo dá e também tira.
Meu coração ainda amargurado por pequenos detalhes e se importar com coisas tão mínimas ainda se cansa, mas está bem quieto, porque não da pra ficar jogar sentimento no lixo.
Nas noites de verão quando tinha tudo, telefonemas e um outro coração nobre do meu lado parei com tudo, quando me jogo vou de uma vez, mas quando recuo, não volto mais. Voltei. Voltei pra dentro de mim, aprendi que precisava me entender primeiro, saber o que queria pra depois partir numa busca ideal pela barba e pelas tatuagens, pelo sorriso delicioso e cativante, pelo carisma e lealdade. Amor incondicional ou um primo dele, na verdade, nada é tão cem por cento, mas é bom apenas acreditar em algo pra não viver tão solta. 
A página já virou, mas ainda está em branco. Talvez eu não seja nem um pouco a última das românticas e só goste de falar demais, por isso escrevo. Talvez até, escreva na esperança de quem alguém leia e me reconheça em seus planos. Talvez seja melhor parar de talvez e ser mais real.
Um beijo para o dia dos namorados, aos amantes, mais fogo, mais loucuras, mais e mais, porque amor é exagerado, jogado sempre aos seus pés, então não negue mil beijos e nem todas as juras. Aos corações partidos, um chá de vida e um beijo na testa pra dar carinho, talvez até uma cola pra recuperar seus pedaços, e coragem pra buscar o pedaço que deixou nas mãos de quem o partiu. Aos corações livres, mais apego. Aos desesperados, mais zelo.

08 junho, 2012

Blecaute: A nova solução do fim para o começo


Quando chove dá pra pensar em tudo, porque tem tempo de sobra pra saber, ver, rever, viajar no tempo, nas músicas, elementos que fazem parte de quem escreve e de quem lê. Saudade é tempestade que vem pra fechar o verão, mas eu descobri, que o sol sempre volta. Essa tempestade não é nada.
Anunciou pra quem quiser ler, bem lá fora, nas páginas dos jornais, no grito dos vendedores de rua, no sorriso dos apaixonados que por mais malícia que exista é inocente, que também há muito de inocência dos olhares das crianças, que correm sem parar, mesmo na chuva que insiste em cair.
Já estava ficando tarde, é bom enobrecer o coração com coisas de maior valor sem os cifrões, sem zeros no final, e o que tiver de ser será. É bom e apenas não nego quando me perguntam.
Promete que vai cuidar de você? Se cuida daí, de onde estiver, porque minhas fronteiras não se abrem mais, fiquei cega tentando te encontrar ao longo dos anos que se passaram. A liberdade sempre andou comigo, nas esquinas de algum lugar, mas meu coração agora está comigo, bem quente, onde eu posso cuidar e saber quem está tentando abrir ou fechar.
De repente, no meio de toda aquela chuva, percebi que as luzes estavam falhando muito, era um blecaute no meio da rua. Parei minha caminhada enorme e vi que tinha um toldo me esperando, sentei, e deixei o tempo passar pra chuva passar também, eu queria mais da luz que tinha ido embora. Os fins levam a novos começos, não recomeço, pois em tudo há um ciclo, com fim.
De paredes brancas com portões preto num estilo vintage medieval se fazia a casa que ficava naquela rua por onde parei. Algo ali recriava meu ser, curava meu mal, me transbordava coisas boas, teu olhar me tirava daqui e eu queria um pouco mais, porém não tudo, só pra gente não perder a graça no escuro.
Vem logo que o tempo voa, como eu, quando penso em você.

02 junho, 2012

Você é o que reflete


E de repente, a gente chora. Não daqueles prantos de cair aos pedaços, é dos de reflexão, por ter algo, por também não ter, pelo supérfluo, pelo erro, do passado e do mal dito, do escorregado, encarregado. 
Na maioria das vezes é culpa do mimo e capricho, voltando aos cinco anos de idade ou menos, é choro de birra, do que me falta, do que quero, do que me preciso, do que é realmente preciso. E é necessário ser consciente, saber aos poucos do que é importante e do que não é.
Muitas coisas andam fazendo por onde e incomodando ultimamente, não é pouco. E qual é o problema se algumas músicas resolverem sumir pra sempre da minha lista de reprodução? O que intriga e ás vezes magoa de todo para sempre é que ele sempre está sujeito a ser tirando de lá, temos a tendência de desistir do que nos parece imposto por nós mesmos, e é importante que haja força, da qual sempre falo. E não há maneias de dizer que muda, tá aí, o tempo passando de novo. 
Algumas coisas precisam mudar, e quando essa fase acabar? Como vai ser? Desse futuro que tanto não revela. É tanto mérito errado pra gente que não merece e nem precisa, tanta coisa errada que incomoda e meu silêncio anda tão presente. As pessoas deveriam se lembrar mais de que quando fico quieta demais é porque tem algo errado. As pessoas nunca sabem. 
Não tá nada claro aqui e não tem nada pra mim. Tá tudo muito injusto ou tem alguém que não está fazendo por onde, mil vezes mais de silêncio e a cabeça acenando negativamente pro nada, pensamento confuso e mais dor de cabeça, será que isso é mesmo real? Vamos calcular esses gastos em coisas reais, vamos ser menos fúteis. 
E entre tantos dias, se acordar e passar o rímel se torna algo necessário, se olhar no espelho passou a ser de vez em quando mais agradável nos dias que a luta contra si mesma não foge, mas são coisas que ninguém pode entender nem ajudar. Talvez meu espelho não esteja refletindo tudo o que deveria passar, ou estou vendo demais, me confundo em mim mesma, me bagunço em tudo, e ninguém pode saber. 
Se tudo acontece tão devagar, porque assim, porque tão diretamente. Deixando sem interrogação perguntas que nunca terão respostas, se conformando com coisas que nunca deveriam ser aceitas, engolindo muitas palavras que nunca deveriam ter sido escutadas. 
Tudo isso, porque ninguém me conhece mais, nem minhas músicas que tanto falavam por mim, agora elas me trazem raiva de momentos que não tive. E que culpa é minha pelas pessoas não lembrarem de mim? Eu só queria ser lembrada. Na verdade, queremos tudo o que não podemos, porque as pessoas se tornam realizadas pelo o que elas tem, e isso te torna vazio demais. E por mais que me doa, meu espelho não te me mostrado uma pessoa do jeito que eu sempre fui. Busco minha força em coisas que não estão mais aqui, porque tem coisa que todos tem e eu não tenho. Será que é assim mesmo? Sempre julgando pelo o que deixam ou não de possuir. Me privo sempre de quinhentas mil coisas por não ter ou não parecer com o que eu queria, me privo de ir á praia por não ter um corpo perfeito, e isso me torna fútil. Me privo de pensar em qualquer pessoa, pra não ter sentimentos, e olha só, tudo transbordando agora, me privo de mim mesma, pra não ter que me encarar, sempre penso. Estou sufocada pelo o que meu espelho anda me mostrando, não sei mais como é me ver e não ficar em busca de algum defeito só pra dizer que nunca vou ser bonita o bastante pra algo ou alguém. 
Definitivamente, tem algo muito errado por aqui.

31 maio, 2012

De janeiro a janeiro



Era fim de fevereiro, o carnaval estava chegando e meus planos estavam á milhão, cabeças fervendo e malas prontas. Tinha mudado meus ideais, concepções e propósitos, claro que já não era mais a mesma e nem poderia ser.
Sempre gostei de janeiros, o mês que antecedia tinha vindo com boas notícias, teria finalmente a porta dos bons caminhos profissionais aberto pra mim? E veio junto com uma promoção, precisaria de alguém que fizesse uma outra parte do trabalho, da qual eu era muito capaz, mas não possuia formação para isso. Telefones tocaram e respostas vieram.  
No meio de janeiro uma nova pessoa havia entrado na minha vida, na verdade, já estava alí há um bom tempo, talvez cinco anos ou mais. Havia algo nele que o destacava por entre os outros, seu cheiro, olhar, características marcantes, ou talvez seu mau humor e sua tatuagem que teimava aparecer quando disfarçada.
Mas eu sempre continuei alí, amigável. Evitava contatos maiores por razões éticas e desculpas esfarrapadas, evitava até olhar nos olhos dele, talvez fosse medo. Estava decidida, viveria minha vida sem me deixar levar por um simples janeiro. 
Acontece que chegou fevereiro e ele foi ficando, ganhando mais espaço. Minha risada sempre alta e escandalosa fazia por várias vezes com que ele olhasse de rabo de olho. E eu nem ligava, pois o olhava de cabo a rabo.
No meio do mês não tinhamos nada um com outro, amigos, estáveis, e com pensamentos e desejos instáveis. 
Rímel preto com batom vermelho e dentes branquíssimos foi minha escolha pra noite, era algo como ir pra balada com os amigos da empresa comemorar os sucessos, encher a cara e dar vexame perdendo a compostura.
Sabe como é, né? Mais música, menos garrafa cheia, mais coragem, menos vergonha. Sempre fui livre, leve e solta, mas naquela noite eu estava muito mais e queria ir muito além. 
Quando me controlo, me amarro, mas quando me solto, não me deixo voltar. E fui. Fui para os braços fortes e tatuados, para o cheiro, mergulhei no olhar. E fui ser feliz naquela noite e disse que não voltaria, mas apenas por uma noite, quando o sol raiar nada mais vale nessa cidade.
Quando o sol raiou já era fim de fevereiro e véspera de carnaval, e lá estava eu, enrolada até o ultimo fio de cabelo naqueles lençóis lindos de tão brancos do quarto dele. Não sabia se acordava e ia embora em silêncio, se abria um sorriso e virava pro lado, se levantava rapidinho pra dar uma arrumada na cara e ele pensar que fico linda até quando acordo. Não queria abrir os olhos ainda.
Então, ele abriu primeiro e parecia ter lido meus pensamentos. Perguntou se eu era do tipo que ia embora em silêncio todas as manhãs, e eu disse que era só em casos especiais. Especialmente, o meu atraso. Tinha um almoço com as amigas pra comemorar o que viria pela frente, e não apenas pela frente.
Acho que ele sabia dos meus planos e queria me impedir, ou eu não sei porque agi assim.  
Me levantei e fui pegando minhas roupas espalhadas pelo chão, corri pro banheiro dar um jeito na cara e me vestir. Abri a gaveta e peguei uma escova de dentes nova, e todo mundo sabe o perigo disso né? Quando as escovas de dente se juntam... Ai ai ai.
Depois, voltando, o vi ainda deitado na cama, lindo. Quando me viu apenas levantou me puxando pela cintura e tascando um beijo que parecia me erguer do chão. Eu bem disse que estava atrasada. E ele sem muito mais, me convenceu a ficar. 
E lá se foi meu carnaval, minha micareta, minha Ivete Sangalo, meu trio elétrico e meu abadá. Todos dando lugar pro cara que ia ser só meu janeiro, se tornar fevereiro, março, abril, maio, junho, julho, agosto e a vida inteira. 

22 maio, 2012

Absorto



Sendo saudade, ainda sou. Vendo o céu estrelado, ainda me recuso a pensar. Lembro de coisas que vivi e das que ainda não cheguei, quero mais de tudo.

Se torna inexplicável por dentro, em meio as lembranças, tantas que são, em meio as memórias, algumas que já mortas estão. Não me traia pelo coração, preciso acreditar de novo, não em você, mas não me traia, só abra as portas pra uma nova rua e me deixe seguir com novas asas.

Pacífica, como o que o momento repleto de sensações é capaz de me trazer, pensamento longe, pés no chão. Razão. Porque faz, porque fez, e agora tanto faz. 

Posso repetir? Não é por amor. Já foi, há muito tempo, parece que faz até mais e nem importa tanto assim, é teatral muito da dor que nem se liga mais, não se levanta porque desapareceu.

É imporante jogar palavras, pensar sem compromisso, lutar pelo que se quer, tomar um gás, o tempo é curto. Só vai fazer sentido quando a música tocar e outros olhos serem magnetizados de uma forma única. 

De repete, me encontro, presa num mundo submerso, absorto, presa sem querer em minhas próprias paredes que não sou capaz de derrubar. E então me encontra.

Numa das pessoais, bem lá, absorta em pensamentos, me cobri pelas estrelas que ainda no céu não haviam subido, me cobri de verdades e saudades. Não é nada pessoal, e nem que me faça querer voltar, é que deu vontade de pensar nessa tal diferença de parâmetros.
1, 2, 3 respira, e é isso. Nós sabemos que esse mistério todo não leva á nada...

08 maio, 2012

Tenho medo





Não é uma carta, nem um apelo, não é um pedido, e nem um desejo. Venho por meio desta comunicar os meus, agora tão acalentados, sentimentos. E confesso, que tenho medo, na verdade, estou morrendo de medo. Não posso sem olhar em seus olhos que já seria suicídio, morte sem ver, crime dos mais graves, delito, pecado, e quem vê? Não há mal algum? Não vejo é saídas.
Pecado talvez seja negar tudo isso, negar toda essa força que quer vir, mas o momento, assim como todos os outros, pedem esperteza, perspicácia, e não ingenuidade e pensamentos se deixando levar. Pode ser um erro, assim como tantos outros, seria apenas mais um erro entre tantos, entre muitos. 
Como aquelas cartas antigas eu lhe digo que não posso. Sempre fujo do que sinto ou poderia sentir, numa fuga interminável, porque não gostaria de mentir, me sentir, fraca. Quem te viu, quem te vê, que tem e que não tem, quem me conhece sabe dizer, sou treinada pra ser forte e pode ser que chore de noite no maior silêncio e que depois, quando o dia chegar, bote o maior sorriso no rosto e a dança nos pés, e que ninguém precisa saber. É segredo.
É segredo que sou fraca de vez em quando, que choro às vezes, que a vida tá ficando pesada, e que talvez eu também possa estar pesada. São fardos que carrego pra sempre, meus olhares clínicos não me permitem esconder, vejo perfeição por todos os cantos e porque justo no meu espelho que me reflete não tenho da mesma perfeição? Isso me afeta.
Nossas juras, são olhares. Minhas palavras, não se fazem precisas. Meu silêncio, confusão e pensamento. 
Sou intensa e quero intensidade, sou exagero, quero dos maiores amores, maiores abraços, maiores, mas ainda assim, sei que não posso. Me proíbo aos poucos de chegar perto de problemas, perto de decepções, perto de sentir.
E agora, o que se faz aqui, é medo. Medo de perder-me em minhas promessas para mim. 
De longe você até parece outro, mas se fosse outro, não seria quase meu, porém quase não é totalmente, e preciso dizer que não ligo, não posso me importar, não quero. Dos enganos se fazem as vozes que dizem coisas que não condizem, não me confunda, quero coisas claras. Clara mente. Clara mente, claro, tudo claro.
Tenho medo, isso me afeta e que seu afeto me afetou, isso é fato.