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16 abril, 2014

Ainda bem que vivi




A gente jura encontrar amigos. Mas daqueles, a-mi-gos para sempre e toda a eternidade, mas até que ponto eles são eternos? Olha, você vá me desculpar, eu sei que essa é a sétima mensagem que deixo na sua caixa postal, é que eu precisava de alguém que realmente me escutasse e não qualquer pessoa. Eu estava aqui, pensando e de repente me pego vendo fotos de um passado que parece estar perto, mas às vezes vira um ponto cego no meio de tanta luz que me invade agora.
O que resta de uma amizade quando ela foi tão forte? O que resta de uma pessoa que quis tanto ser sua amiga? Seria mentir piamente dizer que não sinto saudade daqueles tempos, eram coloridos e tão azuis -já deu pra notar minha paixão por esse azul, do mar, do céu, da paz- tempos, fáceis e as vezes nem tanto, me indagava questões tão bobas, fazia dramas por coisas tão pequenas e veja só como são as borboletas, saem sempre do casulo... Isso é tão notável agora.
Mas também quero balancear sentimentos, sobre todo aquele tempo, que nem foi tanto e parecia muito, estou aqui fazendo rodeio pra falar de velhos amigos, acho que queria revê-los, naquela sensação do rever da carta de daqui 10 anos, como se o tempo que passou em 2 anos parecesse mil, e mais e morro aqui.
Sabe aquela saudadinha miserável que grita baixinho, dizendo que tá lá, que tá morta, mas que de vez em quando raramente te visita. Essa é saudade do fim, das amizades que ficam presas em barreiras de tempo, em pontinhos de essência, em porta retratos, em músicas e outras apenas em memória.
Por isso, aqui registra-se a saudade. Em letras garrafais gosto muito de dizer: ainda bem que vivi! E vivi tão bem, tão cheia e repleta de amores, amizades assim que me tornam mais bela da forma mais pura. Repito, ainda bem que vivi! E vivo.

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