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17 julho, 2013

(In)diferença‏




E eu ali, só vendo você passar. Passou por mim como passa um furacão, bem rápido, bem de repente e assim, tão de repente você foi embora, foi devagar, escorrendo pelas mãos e eu apenas não consigo querer mais que você fique. Dica: ir embora aos poucos faz as pessoas se acostumarem com sua ausência.
Dizem que um dos piores sentimentos que se pode ter por alguém é a indiferença, veja bem, estou sendo indiferente com tudo. Eu queria repetir mil vezes, olhando bem no fundo da janela da sua alma, o quanto eu tinha razão, gritar, esbravejar, raios e trovões diante de você, mas a tempestade já passou. Eu tinha razão.
Tudo bem, até pode ser por tanta coisa, algum tipo meio falho de amor, tipo de sentimento meio vazio, mas metades não preenchem nada. Escuta, seu arquivo já é morto, ficha velha, caso vencido.
Entrei nessa mesmo sabendo que a tua sina nem era a minha, até pode ser tanta coisa, mas seja lá como for, eu continuo indiferente, oblíqua, estática.
Bem que quem já viveu se envolveu demais, perdeu estribeiras, céu, razão e destino, beirou loucura, mas eu não. Nem dos conselhos precisei, que dirá dos consolos. 
Faça com que eu negue tudo que disse, cada meia palavra, cada pensamento que ousou, da libertação que não virá, fadado o destino é. E não há razões para lutar contra ele, remar contra e nada mais bem vindo do que aceitar. O que passou passou e se restou, não é mais lei. Me julgo própria e dona de mim, minhas ações, medos e mais, sentimentos.

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