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02 junho, 2012

Você é o que reflete


E de repente, a gente chora. Não daqueles prantos de cair aos pedaços, é dos de reflexão, por ter algo, por também não ter, pelo supérfluo, pelo erro, do passado e do mal dito, do escorregado, encarregado. 
Na maioria das vezes é culpa do mimo e capricho, voltando aos cinco anos de idade ou menos, é choro de birra, do que me falta, do que quero, do que me preciso, do que é realmente preciso. E é necessário ser consciente, saber aos poucos do que é importante e do que não é.
Muitas coisas andam fazendo por onde e incomodando ultimamente, não é pouco. E qual é o problema se algumas músicas resolverem sumir pra sempre da minha lista de reprodução? O que intriga e ás vezes magoa de todo para sempre é que ele sempre está sujeito a ser tirando de lá, temos a tendência de desistir do que nos parece imposto por nós mesmos, e é importante que haja força, da qual sempre falo. E não há maneias de dizer que muda, tá aí, o tempo passando de novo. 
Algumas coisas precisam mudar, e quando essa fase acabar? Como vai ser? Desse futuro que tanto não revela. É tanto mérito errado pra gente que não merece e nem precisa, tanta coisa errada que incomoda e meu silêncio anda tão presente. As pessoas deveriam se lembrar mais de que quando fico quieta demais é porque tem algo errado. As pessoas nunca sabem. 
Não tá nada claro aqui e não tem nada pra mim. Tá tudo muito injusto ou tem alguém que não está fazendo por onde, mil vezes mais de silêncio e a cabeça acenando negativamente pro nada, pensamento confuso e mais dor de cabeça, será que isso é mesmo real? Vamos calcular esses gastos em coisas reais, vamos ser menos fúteis. 
E entre tantos dias, se acordar e passar o rímel se torna algo necessário, se olhar no espelho passou a ser de vez em quando mais agradável nos dias que a luta contra si mesma não foge, mas são coisas que ninguém pode entender nem ajudar. Talvez meu espelho não esteja refletindo tudo o que deveria passar, ou estou vendo demais, me confundo em mim mesma, me bagunço em tudo, e ninguém pode saber. 
Se tudo acontece tão devagar, porque assim, porque tão diretamente. Deixando sem interrogação perguntas que nunca terão respostas, se conformando com coisas que nunca deveriam ser aceitas, engolindo muitas palavras que nunca deveriam ter sido escutadas. 
Tudo isso, porque ninguém me conhece mais, nem minhas músicas que tanto falavam por mim, agora elas me trazem raiva de momentos que não tive. E que culpa é minha pelas pessoas não lembrarem de mim? Eu só queria ser lembrada. Na verdade, queremos tudo o que não podemos, porque as pessoas se tornam realizadas pelo o que elas tem, e isso te torna vazio demais. E por mais que me doa, meu espelho não te me mostrado uma pessoa do jeito que eu sempre fui. Busco minha força em coisas que não estão mais aqui, porque tem coisa que todos tem e eu não tenho. Será que é assim mesmo? Sempre julgando pelo o que deixam ou não de possuir. Me privo sempre de quinhentas mil coisas por não ter ou não parecer com o que eu queria, me privo de ir á praia por não ter um corpo perfeito, e isso me torna fútil. Me privo de pensar em qualquer pessoa, pra não ter sentimentos, e olha só, tudo transbordando agora, me privo de mim mesma, pra não ter que me encarar, sempre penso. Estou sufocada pelo o que meu espelho anda me mostrando, não sei mais como é me ver e não ficar em busca de algum defeito só pra dizer que nunca vou ser bonita o bastante pra algo ou alguém. 
Definitivamente, tem algo muito errado por aqui.

2 comentários:

  1. Pra mim ta tudo errado

    @littlepistols
    http://portifoliodasletras.blogspot.com.br/

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  2. Interessante seu texto! faz todo sentido!
    bjs
    http://blogtrashrock.blogspot.com.br/

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