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14 março, 2013

Ela faz cinema


 Ela faz cinema, ela é a tal.
Sei que ela pode ser mil, mas não existe outra igual. Ouvi dizer que se questiona por dentro se fica bem quando filmada de pertinho e quantas imperfeições cabem em si. São tantas que evita até contar.
Tem trilha sonora, diretor, contrarrega, tudo que envolve um filme... Ops! É um filme, é o seu filme, sendo rodado aos poucos, cenas novas a cada dia, onde não existe texto ensaiado nem chuva prevista, não tem corpo blindado ou coração de ferro.
E há segredos no script, desses que ficam nos erros de gravação, grandes aventuras que têm um preço para serem vividas, tudo tem o seu valor. Quanta coisa há de viver, de vir, de ver para crer.
Não houve tempo para pensar muito e isso tornou mais difícil de encontrar palavras para descrever o que se passa dentro do estúdio, mas as gravações externas podem dizer algo? Ela não soube dizer também. E de uma coisa se ouviu falar, nas manchetes da revistas, estava escrito numa entrevista que ela não queria se poupar de nada.
Sempre criando roteiro dos outros, encontrando e vendo para eles o que não viam. Ela pode ver por trás das câmeras, mas apenas quando não está em cena.

Eu quero estar no espaço ou em uma canção que você está. Mas sabe, reflexos passaram por uma janela daquela cena gravada e eles estragaram toda a tomada, não deu pra ver a cara de ninguém, não deu pra ouvir as falas porque os pássaros cantavam muito alto. Ou faltou qualidade da lente ou dos atores, talvez seja do roteiro. 


''Cê tá com fome? Eu tenho um par de lábios e um tanto de sonhos que podem te alimentar.''

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