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20 novembro, 2012

20 de novembro II

Passando pelo metrô, estações perdidas da rua leste, frio e cachecóis de um novembro frio, aqui estou. Atrasada, claro. Mas estou. Eu te disse.
Só seus olhos tiveram tanto efeito sobre mim. Como? Precisei tanto aproveitar você, beijar teus olhos, olhar tua boca, poesia, sinais, palavras e atitudes, som do seu mar no fundo do telefonemas, seus recado na caixa postal. E falando em postal, não te mandei nada, nenhum cartão sobre minhas viagens, contando de conquistas e nem te mandando feliz aniversário.
Semana passada vi um apartamento à venda, ele era exatamente como tínhamos planejado, minha geladeira vermelha, seu sofá preto de couro, nosso escritório, sacada com vista para o seu mar, mesa e cadeiras combinando para nosso domingos gastronômicos, mas com quartos separados, afinal, éramos apenas amigos. Ilusão do século XXI, amor de primo, qualquer coisa, romance passageiro ou paixão, mas só amigos não.
Somente em você encontraria a paz, o amor, paixão, verdade e entrega, me devastando por completo. Você nunca teve noção dos seus efeitos sobre mim, era como se eu te jogasse de um penhasco e logo corresse para te salvar.
Sempre dizem que sempre e nunca são palavras que não podem ser ditas, mas sempre vou me lembrar de tardes frias, beijos quentes e telefonemas de madrugas, brigas estúpidas e confissões, jogos e tudo. Doce novembro.
É como uma paixão por uma banda que acabou, eles nunca mais vão tocar juntos, mas o disco deles ainda toca em todos os lugares possíveis. Já pensou em pegar esse cd e jogar na parede? 
Talvez isso esteja aqui, só pra te dizer, que te quero muito, não pense que te quero mal, apenas não te quero mais. Bem livre, bem de braços abertos e apenas eu.  

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