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11 maio, 2013

Um presente pro mundo




Ela quer ouvir o mundo e o mundo quer ouvir tudo que ela tem a dizer. Ela quer conhecer o mundo e sabe que o mundo já conhece cada detalhe seu.
Ela é uma parte desse todo, encaixe, como tudo que molda, ela se fez moldar e encontrou os pedaços de si nos outros para se jogar mais ainda no mundo. De braços abertos, olhos que veem tudo mas não querem ver o tempo passar, pois ele voa e ela tem medo de não voar junto.
Cada sentido encontrado em cantos, na música que toca no rádio enquanto o carro anda tá dizendo, vejo o futuro repetir o passado, algumas coisas podem acontecer outra vez, porque um raio cai sim duas vezes no mesmo lugar. E podem vir a ser outra vez, podem, mas precisa de muita coragem pra abidicar da minha vida pela sua.
Em cada canto um riso breve, em cada riso breve uma pausa, dessa pausa uma história e depois risos longos, imaginação longe, milhares de sensações, desenvolta, dispersa, distraída, cabendo mais adjetivos que em baú de histórias. E falando em histórias, ela é as suas, todo dia tem coisa nova, livro do cotidiano, deve ser o olhar sensibilizado que faz poesia de tudo que vê, olhar que teima em fugir de olhar pra dentro.
Ela te olha bem lá no fundo dos olhos e diz, você tem medo? Porque ela também morro de medo todos os dias, mas dessa vez não queria ter medo e depende de uma palavra. Destino colocado na mão dos outros é tão errado, tão falho e tão vazio, tá na hora de tomar um chá de atitude. 
Agora a gente sabe o que significa ser a pessoa certa na hora errada, e saber que a hora certa pode nem vir, e evitar todas as expectativas que possam vir. Repressão de algo que possa estar dentro, no fim, tudo vai ser igual mesmo querendo ser diferente, entende esse paradoxo?
Basta dizer as verdades, mas eu só consigo ver que há um oceano entre nós, bastaria tanta coisa, mas tudo já foi capaz de se bastar.
 



"Havia fantasmas nos seus olhos de cada cara que ela já mandou embora."
 

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