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04 setembro, 2011

E deixo



Começa com uma música e digita essas palavras como se tocasse um piano, devagar e sem pressa. Assim, pra sempre.
Não que o vazio não me incomode, mas o que é cômodo sempre nos faz pensar que tudo tira o sossego e é assim. 
Não tem mais nada agora, nem erros, nem verdades, somente alguns fatos pequeninos que prevalecem gritando por dentro. E aquela maldita música. Que seja maldita mesmo!! Por que em todo santo momento e em qualquer lugar tem que tocar justo o que mais faz lembrar? Vontade de pegar todos os discos imagináveis e quebrar na parede.. Mas não adiantaria, memória vive e vive bem.
O bom é que ninguém sabe ao certo como é por dentro, como é aqui dentro de mim. Ainda permite sentir e não importa mais, sempre soube de tudo e vai continuar sabendo, e debochada até demais, sorri da própria história triste, feliz ainda por ter passado por algo que a faz lembrar, por ter algo pra contar e se tornar mais forte. Afinal de contas, a muralha está começando a desabar.
Uma ligação não conta mais nada, e não interessa também, noites e noites de sonhos diferentes e com o mesmo fim... Inconscientemente sabe mais, e não quer mais.
Se guia sem pensar, não quer mais correr riscos, e assiste a vida de todos, dá conselhos e algumas vezes não os segue. Deixa-os pra uma noite qualquer e com um cara qualquer, memórias de conhecer só deixariam mais pedaços... E quanto mais peças, mais difícil fica de montar o quebra cabeças. 
Algum toque de mistério e pensa: E se você morasse perto da minha casa? Você fugiria comigo a noite? Nós sairiamos escondidos dos seus pais e você ficaria preocupado caso alguém acordasse e não te visse na cama. Mas e se você morasse aqui? E se você estivesse comigo? Você acordando do meu lado. Só pra te ter mais perto.
E ri tranquila, sóbria do que faz e sonhadora... Ri deixando alguns sentimentos não bons irem embora e ri de verdade, porque deixa tudo. 
E deixo cada vez mais que sinta... Se sentir saudade, deixa ser, deixa, deixa e deixa mais.

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