Sempre fui tão forte, tão grande, tão invencível, era como a própria mulher maravilha da vida real, mas o tempo fez com que eu criasse uma dependência enorme com uma pessoa que hoje, está muito longe de mim, não por não pode, porque não o fiz melhor do que era, eu sabia, esses erros giram na minha mente como uma ressaca pós balada, e meu coração bate gelado.
Agora é inverno e eu ainda te espero.
Não por precisar de alguém nesse tempo, mas por querer ter alguém.
Nossas escolhas dizem pra onde vamos, e eu só não quero me perder nesse caminho todo, não dá pra me jogar em uma esquina qualquer e esquecer que tenho pessoas que precisam muito mais de mim do que a que me abandonou. E será que foi abandono de fato?
Gosto do sempre, porque você sempre esteve do meu lado, e amo o nunca, porque acho que você nunca vai me esquecer. Então vamos pra qualquer lugar, uma cafeteria de esquina numa rua bonita, perto de uma praça, lá estarei com um cachecol vermelho te esperando, você chega, me vê ali, abre um sorriso e vai até minha mesa, não disse nada mas eu poderia jurar que disse pra que eu nunca saísse dali e fechasse aquele sorriso.
Nós aquecemos o corpo do frio enganando a mente do que realmente queremos tomando uma xícara de café em 5 minutos.
Depois de conversar brevemente, um longo abraço de saudade, caminhamos até o outro lado da praça, só nos olhamos por muito tempo abrimos um sorriso e vamos embora.
Saiba, sempre estarei aqui, nos dias de inverno pra aquecer o coração.
Este texto faz parte da tag "De Quinze em quinze" do blog depoisdosquinze.com
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